Há muitos anos o Google já é uma das marcas mais valiosas do mundo.
A empresa que começou como uma ferramenta de busca simples hoje já oferece diversos produtos e faz parte do cotidiano de todos os seres humanos que tenham pelo menos um celular em mãos.
Por essa razão, nenhuma empresa pode ignorar o poder que o Google tem junto aos seus consumidores.
O seu cliente confia no Google, e mais do que isso, ele usa o buscador diariamente, visando encontrar o que precisa, seja à busca de informações simples seja à cata de produtos para adquirir.
Ou seja, se você puder ajudar o Google a encontrar sua empresa e oferecê-la para seus clientes, você faria isso, não faria? Eu acredito que sim.
O ponto aqui é que muita gente ainda acha que o buscador é super poderoso, e que pode cuidar de catalogar e oferecer a sua empresa sozinho.
Bom, não é simples assim. Vamos falar um pouco mais?
Entenda missão do Google
Nas palavras do próprio: “Nossa missão é organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis.”
Ou seja, o que o Google quer é, basicamente, ajudar o usuário a encontrar o que precisa, a partir de uma busca simples prioritariamente baseada em texto.
Através dessa busca, o navegante poderá encontrar sites, vídeos, imagens e outros recursos que a internet oferece.
Isso significa que existe uma missão extremamente árdua a ser cumprida.
O Google precisa catalogar toda a informação disponível na internet, classificar tudo, separar por categorias e disponibilizar em seus servidores para que, quando uma pessoa buscar por um termo qualquer, ela poderá encontrar a informação que precisa.
Mas não adianta ser qualquer informação.
Precisa ser o melhor conteúdo, a melhor resposta, o que o usuário efetivamente procura.
Por que? Porque o Google tem uma reputação a zelar.
Digamos que você precisa de fornecedores que mexam com veículos (mecânicos, lanterneiros, etc) e conhece um amigo que possui contatos nessa área.
Esse seu conhecido certamente só irá indicar quem ele confia e sabe que irá te ajudar.
Se ele não tiver certeza, ele não vai indicar. Porque se ele passar o contato e você for mal atendido, em quem você vai colocar a culpa? No seu amigo!
É a mesma coisa com o Google.
Se você faz uma pergunta na busca e ele oferece um resultado que não responde a sua questão, você vai ficar insatisfeito.
E talvez no futuro você prefira usar outro buscador (Yahoo, Bing, sim eles existem!) do que voltar ao Google e ter respostas ruins.
E é aí que a coisa complica, porque existem mais de 1.5 bilhão de sites publicados online.
Como o Google vai conseguir rastrear isso tudo e identificar os melhores conteúdos?
Com certeza, não será manualmente.
Como o buscador encontra seu site
Sem entrar muito em detalhes técnicos, o que o Google possui é um robô rastreador (crawler).
O que esse robô faz é navegar pela internet, visitando todos os sites que encontra, categorizando e colocando em seus servidores para consulta dos usuários.
Em tempos antigos, era necessário “submeter” o seu site no Google, para que ele pudesse rastrear e catalogar.
Hoje, no entanto, embora isso seja possível, não é mais necessário. O robô eventualmente passa pelo seu site, embora não existam padrões de periodicidade em relação a isso.
Até aí acredito que está claro, certo?
Só que agora voltamos à grande questão: tudo bem, o Google arquiva todos os sites, mas como ele define qual é melhor?
Quer dizer, digamos que ele catalogou mais de 100.000 resultados relacionados a ar condicionado.
Como a ordem é definida? Quem vem primeiro?
Naturalmente, não existe dúvida da relevância dessa pergunta. Afinal, como você sabe, quando qualquer pessoa faz uma busca, ela normalmente irá assumir que os primeiros resultados são os melhores.
E o Google precisa corroborar essa noção. Do contrário, como já falamos, sua reputação estará em jogo.
Simplificando bem a questão, o que Sergey Brin e Larry Page (fundadores do Google) fizeram foi criar uma forma de um site ter reputação através da sua autoridade, e não através do seu discurso.
Em outras palavras, o resultado de busca é bom porque o site é conhecido e não porque ele mesmo se coloca como um resultado interessante.
O conceito básico dessa autoridade foi o algoritmo que eles criaram chamado de Pagerank.
Esse conjunto de códigos atribui relevância a uma página baseado em quantos links ela recebe de outros sites, e qual a qualidade desses links. Ou seja, o site é valorizado se outros sites “falarem dele”.
Partindo dessa classificação, e também aplicando outros critérios relacionados ao conteúdo do site, código do site, velocidade do site, dentre outros, o Google é capaz de aferir se um site dará a melhor resposta para o usuário ou não.
Por que o seu site não aparece nos resultados do Google?
Se a sua empresa criou um site já há algum tempo (mais de 6 meses) e ele foi relativamente bem feito, é muito provável que você consiga encontrar ele no Google sim, mas usando uma palavra-chave de marca, não de negócio.
Uma palavra-chave de marca seria, por exemplo, o nome da sua empresa.
Como é mais provável que você não tenha concorrentes do mesmo segmento com o mesmo nome, certamente você estará bem posicionado nesse tipo de busca.
Onde você pode não estar aparecendo é quando o usuário faz uma busca por uma palavra relacionada ao seu segmento ou produto, e não à sua marca.
Por exemplo, ao buscar “Coca-Cola”, você sem dúvidas encontra o site da empresa, mas ao buscar “refrigerante”, não necessariamente.
Por que isso é relevante?
Bem, acredito que, se você têm vende sapatos e alguém está perguntando por sapatos, acredito que você gostaria de se apresentar para essa pessoa, certo?
Só que estamos falando de um termo mais comum, uma dúvida do usuário, e o Google vai sempre priorizar o melhor resultado.
Se o seu site não oferece o melhor resultado, ele não vai aparecer. Simples assim.
Por que o Google precisa da sua ajuda para identificar e indexar seu site?
E agora você deve estar pensando “mas eu quero aparecer na busca”. E você deve.
Porque não é mais novidade que as marcas e empresas não controlam mais os canais.
O consumidor é que define quando quer buscar, quando quer comprar. O máximo que você consegue fazer é se colocar à disposição, ajudar e ser relevante. Assim você atrairá interesse e terá vendas.
Aqui você também lembra da opção mais simples que, claro, não pode descartada. “Vou pagar e conquistar isso. É mais simples e mais rápido”.
Estamos, naturalmente, falando de Links Patrocinados. Google Adwords.
Você investe no Google e seus resultados aparecem no topo das buscas. Sim, é uma saída, mas ela não traz relevância.
Ela só encarece o seu custo por aquisição, e o seu usuário confia mais no Google do que em você, pode ter certeza.
A questão aqui é que o Google quer te ajudar.
Ele, inclusive, oferece diversos materiais, conteúdos e certificações sobre como melhorar o seu conteúdo e o seu site para aparecer mais nas buscas.
Mas ele também precisa da sua ajuda.
Porque, pode acreditar, identificar quais resultados são relevantes no meio de 1.5 bilhão de sites, onde vários são spam, possuem malware ou simplesmente são mal feitos não é tarefa fácil. Não para o Google.
Mas comparado a esse trabalho hercúleo, talvez fazer o seu site bom, adequado e relevante seja até simples.
E tenha toda certeza: quando o buscador sair procurando por um bom resultado e encontrar o seu canal, que é bacana, é descritivo, responde o que usuário quer, é rápido e é relevante, ele vai te premiar.
Ele vai pensar (se ele pudesse pensar) “taí o resultado que eu queria. Um trabalho a menos!”.
E o que acontece? Você aparece na frente. Porque seu site é relevante. E a autoridade vem a tiracolo.
Tornando seu canal visível e indexado no Google
Existe toda uma gama de técnicas para melhorar o seu site e garantir um melhor posicionamento.
A disciplina que rege essas ações é chamada de SEO (Search Engine Optimization) e visa simplesmente melhorar a sua presença online para ser encontrado mais nas buscas, capturar mais visitas e mais vendas.
Não vamos entrar em detalhes técnicos aqui, mas, embora essas rotinas exigem sim um viés técnico, nenhuma delas irá funcionar se você não partir do básico, que é o seu público.
Entender o que ele quer, o que ele busca, como se comporta, como é a jornada de compra.
Depois disso, estabelecer as palavras que ele usa no buscador, e trabalhar para sua empresa ser indexada nelas.
Em uma abordagem mais tática, você precisa se preocupar com três pilares:
- autoridade: conquista de backlinks para o seu site, conteúdo robusto e de qualidade
- experiência: site otimizado, amigável, rápido e acessível em celulares
- tecnologia: código do site bem feito, rastreável pelo robô e segue melhores práticas
Isso é o básico do básico.
Mas pode acreditar, muitas empresas ainda não estão ligadas nisso.
E esse cenário ocorre tanto do ponto de vista da empresa quanto do ponto de vista de prestadores (agências de marketing digital, desenvolvedores de sites), que muitas vezes não olham tanto para a questão de relevância e autoridade, mas sim para fatores estéticos e políticos (o que a diretoria quer, não o que o público quer).
Mitos comuns sobre ser encontrado no Google
Quando falamos de melhorar sua posição no Google, trabalhar com SEO, conquistar mais visibilidade orgânica, etc, entramos em uma seara, que, por mais que já esteja por aí há mais de 15 anos, ainda soa como tecnicismo excessivo para muitos, especialmente para níveis de gerência e diretoria.
Isso acontece pura e simplesmente porque SEO ou otimização de busca orgânica, embora parta de um princípio simples, é difícil de vender, leva tempo para dar resultado, e principalmente, bate de frente com outros investimentos mais objetivos e conhecidos (mídia paga, mídia offline, etc).
Então, talvez no que até poderíamos caracterizar como uma forma de negação, as empresas e prestadores acabam criando “mitos” ou ainda “desculpas” para deixar o SEO de lado, ou trabalhar ele de forma não focada, deixando o grosso do trabalho com o Google.
Só que, como já falamos, o Google quer te ajudar, mas você precisa ajudar ele também.
Então, se você sucumbir a esses mitos, é bem provável que as oportunidades irão sucumbir junto com você.
Veja alguns desses mitos:
Não preciso fazer SEO, o Google vai me rastrear de qualquer jeito
Esse é a desculpa que vem do fato do SEO, em sua essência, ser baseado em programação e demandar conhecimento técnico.
Como investir em melhorias vai demandar tempo e precisa atacar coisas que as pessoas normalmente não entendem (ou não querem entender), elas preferem achar que o Google é onisciente e super poderoso.
Não importa se o site é ruim, mal feito e tem conteúdo não adequado.
O buscador vai encontrar e indexar, porque ele é o Google. Ele é tudo. Ele resolve.
Isso é no que as pessoas preferem acreditar.
Mas lembre-se que o rastreador é um robô.
Ele não consegue ler uma página igual um ser humano. Ainda não chegamos nesse nível de inteligência artificial.
E não chegaremos tão cedo. Então, se você não deixar seu site adequado para o Google entender, ele não irá te conferir reputação.
Marketing de conteúdo elimina a necessidade de SEO
Falaremos mais de marketing de conteúdo aqui no blog, mas o que você precisa saber é que essa tática (que não é nova) ganhou popularidade quando o Google começou a otimizar seu algoritmo para priorizar sites com conteúdo robusto, útil e bem formatado.
Com isso, o mercado percebeu que era necessário produzir conteúdo sempre, trabalhando as perguntas que os usuários fazem nos buscadores.
Isso tem, sim, trazido bons resultados de visitas, conversões e vendas.
Só que, como produzir conteúdo, textos e ebooks é relativamente mais fácil de entender e prever do que fazer SEO, muitos prestadores e empresas apostaram que esse tipo de rotina é suficiente para gerar autoridade, e por isso não é necessário se preocupar com a questão técnica do SEO. Isso é um erro.
O que você precisa, na verdade, é combinar as duas coisas.
Sem conteúdo você não tem autoridade. Mas, sem a parte técnica do SEO, o robô do Google não consegue achar seu site.
É como você fazer uma pintura maravilhosa e colocar dentro de uma caixa opaca. Se eu não consigo ver, como vou saber se o conteúdo é bom?
SEO é coisa da TI
Esse é um assunto grave, e que exploraremos mais em outros textos.
Sem entrar muito em detalhes, o que é necessário destacar é que esse tipo de raciocínio é aquele mesmo que separava (ou ainda separa, em alguns casos) o marketing de vendas, onde uma coisa não tem nada a ver com a outra, onde os departamentos não se conversam.
Aqui o caso ocorre porque empresas e pessoas pegam o lado técnico do SEO e assumem que a TI deve cuidar disso.
Mas como, se já falamos que conteúdo é um dos pilares da melhoria de busca orgânica? E que precisamos entender o público? E que precisamos capturar autoridade?
Como fazer isso se tratarmos SEO somente como uma disciplina análoga à configuração de redes e sistemas?
É necessário trazer o viés de SEO para o marketing.
E da mesma forma que empresas já colocam marketing e vendas para conversarem (ou se degladiarem) isso também precisa acontecer com marketing e SEO (e vendas e outros departamentos também!).
Por que sua empresa deve se preocupar?
Falamos bastante de como conquistar autoridade, ajudando o Google a identificar se o site da sua empresa é relevante ou não.
Acredito que seja relativamente óbvia a necessidade dessa preocupação.
Mas não raro é comum nos depararmos com cenários onde empresas preferem ser negligentes em vários aspectos.
Talvez por falta de tempo, falta de foco, pressão interna, não importa. O que você precisa lembrar é: o seu concorrente provavelmente está antenado nisso.
O que estamos falando aqui é de tornar a sua empresa relevante. Fazer ela aparecer mais.
Não porque o seu produto é bacana, não porque sua empresa é antiga, não porque você se acha legal, mas porque você tem autoridade.
Você ajuda o seu cliente. Mesmo ele ainda não sendo seu cliente.
Sua empresa produz conteúdo relevante e robusto, e disponibiliza de forma fácil, acessível e rápida para todos os interessados (lembra da missão do Google?).
E o que acontece com isso é que o maior buscador do mundo, o Google, fica do seu lado.
E quem não quer esse apoio? Ele te indica, ele te recomenda e ele te ranqueia. Porque você é a melhor resposta para a pergunta do seu usuário.
E se você continua cético em relação à relevância e autoridade, falemos do que interessa: receita, retorno, dinheiro.
Se o Google te ranqueia, você tem mais visitas, se você tem mais visitas, tem mais ligações, mais cadastros, mais vendas.
Então, se você não está preocupado com se posicionar no Google, comece a se preocupar, porque, com a permissão de sermos redundantes:
- o seu potencial cliente vai usar a busca, quer você esteja lá ou não;
- se ele não encontrar você, ele vai encontrar o seu concorrente;
- seu consumidor confia mais no Google do que em você;
- você não consegue mais controlar a jornada de compra do seu cliente;
- a busca não vai parar. Busca no celular, busca por voz, busca por imagem. É o futuro;
- e, acima de tudo, seu concorrente provavelmente sabe disso (e se não souber, melhor ainda!).
A busca é o futuro. Pegue carona.
Poucas coisas são certas na vida. Poucas trazem previsibilidade, tranquilidade e prazo. Muita coisa muda com o tempo, principalmente em tecnologia.
Mas existem premissas que não mudam. Premissas baseadas no comportamento humano, no interesse, na demanda por informação, na exigência de autonomia, de controle, de inteligência.
Isso tudo resume a capacidade de buscar.
O usuário tem o controle, tem agilidade, tem tudo na palma da sua mão.
O Google traz esse poder incrível para todos nós. E a cada dia evolui mais ainda, permitindo outras formas de buscar, de interpretar, catalogar.
Não, não sabemos o que o futuro nos reserva, mas a necessidade por informação não vai a lugar algum.
E cabe à sua empresa escolher fazer parte desse futuro, ou não. Vamos juntos?