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Troca de links: funciona? Vale a pena?

Troca de links: funciona? Vale a pena?

Se você tem interesse ou trabalha com SEO, busca orgânica e marketing de conteúdo, certamente já ouviu falar da importância dos backlinks.

De como ter links apontando para o seu site é importante para que o Google considere as suas páginas mais relevantes, e, a partir daí, suba com o seu site nos resultados de busca.

Isso tudo traz uma conclusão relativamente óbvia (ainda que nem sempre correta):

  • seu site precisa de mais links.

Mas como conseguir que outros sites coloquem referências para o seu? Especialmente sites bacanas, com muito tráfego e autoridade?

Bom, não seria só pedir?

“Mas eu preciso oferecer algo em troca” pensarão alguns.

E foi aí, com esse raciocínio, que surgiu a troca de links.

Mas será que essa prática faz sentido? Vale a pena?

Vamos entender um pouco mais.

De onde veio a troca de links

Embora já tenhamos introduzido como isso começou, na realidade, essa prática veio do funcionamento do Google em si.

Uma verdade indiscutível da condição humana é que as pessoas querem resultados rápidos. Atalhos. Macetes. Hacks.

E, no caso do Google, como ficar em primeiro na busca sem muito esforço.

Você já sabe que, em todo contexto tecnológico, alguém vai procurar as brechas, as falhas.

E não tardou, lá nos idos do ano 1998 (quando o Google foi fundado), para algumas pessoas mais “espertas” entenderem como o buscador funcionava e começarem a burlar as regras.

O PageRank

Não vamos nos alongar aqui no PageRank, que é um dos algoritmos principais do Google.

Você pode ler mais sobre ele na Wikipédia.

O que você precisa saber, em resumo, é que foi esse algoritmo que separou o Google dos outros mecanismos de busca anteriores, como o Yahoo, Altavista e outros.

Mas separou como? Entregando resultados melhores.

Antes do gigante das buscas, as ferramentas de pesquisa basicamente pegavam o termo que você buscou e verificavam se ele existia em uma página, e quantas vezes ele aparecia.

Isso, claro, simplificando bem o processo.

O ponto é, vamos concordar, isso não era eficiente.

Qualquer um poderia criar uma página e encher ela da palavra-chave desejada e pronto! Já estaria em primeiro na busca.

O Google mudou essa lógica.

Atribuindo valor aos links

A imagem mais famosa do PageRank é essa abaixo:

PageRank

Traduzindo:

  • cada “bola” da imagem acima representa uma página;
  • o tamanho da bola indica qual a importância desta página;
  • as setas de cada bola são os links.
  • dependendo de quantos links você recebe e de onde eles vêm (de qual bola), sua bola fica maior.

Em suma, a busca agora começou a valorizar as recomendações.

Quem te indica. E qual a reputação dessa indicação.

E a partir dessa revolução, links passaram a ser ouro num contexto de posicionamento na busca online.

Link building

Link Building

Se pensarmos um pouco, a lógica criada pelo Google faz bastante sentido.

Afinal, estamos falando de recomendações.

Você confia mais num médico que foi recomendado pela sua mãe ou em um médico do qual jamais ouviu falar? Resposta óbvia né?

Em um contexto corporativo, isso significa ser indicado. E as premissas para isso acontecer são bem simples:

  • tenha um bom produto ou serviço;
  • atenda bem o seu cliente;
  • seja disponível.

Se olharmos para um site, é bem fácil fazer analogias:

Mas logo que os links se mostraram valiosos, ter um bom site e um bom conteúdo pareceu ter menos valor.

Para ranquear, parecia ser obrigatório ter links.

E com isso surgiu a polêmica prática do link building.

A prática de adquirir links

Link building, como o nome diz, envolve conseguir mais sites apontando para o seu.

Hoje, essa prática é bem difundida, e pode sim trazer resultados.

Existem alguns “hacks” para conseguir links de forma idônea, tais como achar links quebrados em sites de nicho e oferecer novos links, encontrar diretórios de links como sites de listas de algum segmento, dentre outras.

Em geral, porém, você consegue essas referências do jeito certo de duas formas básicas:

  • solicitando ou;
  • conquistando.

A solicitação de links envolve pedir indicações para outros sites.

Já a conquista de links acontece quando alguém te referencia sem você pedir. É o famoso boca a boca.

Nem é preciso dizer que conquistar links é melhor.

Mas demora, e nem sempre escala.

Solicitando (e trocando) links

Não há nada de errado em solicitar links.

Há muitos casos simples, onde alguém está abordando um tema e você tem um conteúdo complementar. Ou então alguém menciona a sua marca e não coloca um link.

Nesses casos, é plausível pedir uma referência. Faz todo sentido.

O problema começa quando o seu site e o seu conteúdo são pouco conhecidos e não têm autoridade clara.

E aí você solicita um link para alguém, e essa pessoa torce o nariz. Afinal, ela não conhece nem você nem o seu site.

Nesse contexto a troca de links parece ser vantajosa. Não é só pedir. Também estou oferecendo algo.

Eu indico você e você me indica. Que problema pode haver nisso?

O que diz o Google sobre troca de links

Google

O problema da troca de links não está no ato da troca em si.

Afinal, conseguir uma referência à custo de um link trocado pode dar resultados. Você pode gerar visitas, gerar visibilidade.

Mas o problema aqui é o Google.

O que muita gente esquece é que o Google é um indexador. Ele vasculha a internet, cataloga páginas e oferece para os usuários quando eles fazem uma busca.

E toda a reputação do Google depende da qualidade dos resultados de uma busca.

O buscador precisa, necessariamente, ser imparcial e oferecer a melhor resposta para quem está pesquisando. 

Ele não pode ser vulnerável a ponto de um hacker ou profissional de marketing conseguir burlar o algoritmo e colocar seu site na frente.

E o que é uma troca de link nesse contexto? Você está querendo ajudar o usuário a ter uma melhor resposta ou está querendo subir mais na busca?

Acho que a segunda opção é mais provável né?

Esquemas de links

A troca de links, na verdade, é apenas mais uma das práticas que o Google não permite (sim, não permite), quando o objetivo é manipular os resultados de busca.

Veja o que diz a documentação do buscador sobre esquemas de links em geral:

“Todos os links criados para manipular o PageRank ou a classificação de um site nos resultados da pesquisa do Google podem ser considerados parte de um esquema de links e uma violação das diretrizes para webmasters do Google. Isso inclui comportamentos que manipulam links para seu site ou links que direcionam os usuários a páginas externas.”

Se você acessar esse conteúdo acima, vai achar esse pedaço aqui, que fala do nosso assunto:

“Fazer muitas trocas de links (“Adicione um link para mim, e eu adiciono um link para você”) ou criar páginas de parceiros com o objetivo único de criar links cruzados.”

Ou seja, o Google diz explicitamente para você não trocar links. Pelo menos não em escala.

E, em tese, se estamos falando de aparecer mais e melhor nas pesquisas dessa ferramenta de busca em questão, eu especularia que não é uma boa idéia tentar ir contra o que eles dizem.

No vídeo abaixo (em inglês) o John Mueller, que é um dos engenheiros do Google, aborda alguns tipos de links que podem ser suspeitos para você colocar no seu site:

Nunca fazer?

Independente do que o Google diz ou recomenda, existe uma verdade irrefutável no contexto de busca online:

  • backlinks são importantes.

Isso porque backlinks são um indicador de reputação.

Então, considerando que você tenha um bom site e um bom conteúdo (o que poucos têm), será necessário sim pensar em formas de ter mais recomendações na internet.

A questão é que isso precisa ser feito estrategicamente. Com foco no seu público, no seu usuário.

E jamais com o objetivo de manipular os resultados de busca.

Sendo assim, não torça o nariz completamente para a troca de links.

Como toda ferramenta, é uma questão de usá-la do jeito certo.

Contextos de trocas de links

Normalmente, o seu projeto pode estar inserido em dois contextos distintos:

  • troca de links passiva;
  • troca de links ativa.

Troca de links passiva

Nesse cenário, você provavelmente está focado na produção de conteúdo de qualidade.

E por isso, não faz parte da sua rotina de SEO um trabalho de link building ativo.

Ainda assim, como seu site exibe autoridade (conteúdos robustos e bem feitos) ele certamente ranqueia bem para alguns termos, e por isso gera muita visibilidade para outros sites e blogs do seu segmento.

O que vai acontecer então? Você vai receber emails como esse:

Exemplo de pedido de troca de link

Se não ficou claro no print acima, esse é um típico cold email. Eu não pedi ele e a pessoa que mandou não me conhece nem sabe se eu tenho interesse de verdade.

Ou seja, a troca é passiva porque você não está correndo atrás de links. Os outros é que estão indo atrás de você.

E esse é um exemplo. Quanto mais tráfego você adquirir, mais desses contatos irá receber. Algumas abordagens serão bacanas, outras nem tanto.

Como é um cold email (ou spam, se preferir), devo então descartar?

Não necessariamente. Você pode tirar valor disso. Mas vamos entender o outro contexto primeiro.

Troca de links ativa

Nesse cenário, por alguma razão, você está convencido de que precisa de mais links apontando para o seu site.

E aí, você vai começar a fazer o que citamos acima. Só que, nesse caso, quem vai mandar os cold emails é você.

E se estamos falando de troca de links, você não vai solicitar que o dono do site ou blog te referencie somente. Será oferecido algo em troca, no caso, um link no seu site.

Mas já falamos disso quando citamos as diretrizes de qualidade do Google. Sua empresa e seu site não podem barganhar por um link. Ele precisa ser natural, merecido, espontâneo.

Ressaltando: nada de errado em pedir um link. Principalmente se você merece (afinal, quem não chora não mama).

Mas oferecer uma recomendação em troca, isso sim, está errado. Então, o que sugerimos é que você tire a troca de links ativa do seu trabalho de backlinks.

Quando não trocar links

Quando não trocar links

Vamos considerar então, o cenário onde sua empresa fez o dever de casa e está com um belo site e ótimo conteúdo.

E também, conforme sugerimos acima, você não está correndo atrás de links. Está trabalhando para ser mais útil para o seu público.

O que vai acontecer é que outras empresas vão te procurar querendo trocar links.

E aí, como falamos, não é o caso de descartar todas as vezes. Você pode avaliar e considerar a troca.

Mas existem alguns casos onde não vale a pena arriscar, já que, como dito, essa prática pode incomodar o seu usuário (se o link não fizer sentido para ele) ou pior, desqualificar o seu site frente ao Google.

Em suma, você não deve trocar links quando:

  • o link solicitado não agrega nada ao seu conteúdo;
  • o conteúdo do link não tem nenhuma relação com o seu site;
  • o site do link possui design e conteúdo suspeitos, parecendo ser um diretório de links;
  • a pessoa que solicitou quer estabelecer uma rotina de troca (vários links por mês);
  • o link vai enviar o usuário para um conteúdo e/ou solução que você tem (ou seja, para um concorrente).

Ou seja, se não vai ajudar o seu usuário melhorando o seu conteúdo, nada de trocar links com quem está pedindo.

Quando trocar links

O fato de muitas das solicitações de trocas de backlinks serem essencialmente spam já parece tirar a credibilidade desse tipo de prática.

E, de fato, essa abordagem é muito explorada, chegando a níveis onde pessoas de outros idiomas podem te pedir links.

Quer um exemplo?

Exemplo de pedido de troca de link

Esse é o tipo de solicitação que dificilmente faz sentido, já que nós aqui não trabalhamos internacionalmente (pelo menos não ainda 🙂 ).

Mas existem sim casos onde a troca vai fazer sentido.

Onde quem está solicitando links no seu site sabe bem o que está fazendo, e sua empresa pode se valer do contexto para gerar valor.

São casos onde vale considerar a troca de links:

  • o solicitante parece conhecer bem seu site e seu conteúdo;
  • o link que ele está pedindo irá melhorar o seu conteúdo;
  • o link que ele está oferecendo faz sentido para o seu site;
  • o site de quem pediu links é bem feito, bem estruturado e tem foco claro;
  • o link vai enviar para um site de uma solução complementar (e não concorrente);
  • quem está pedindo quer iniciar um relacionamento de conteúdo, e não ficar trocando link todo mês.

No final das contas, se vai melhorar seu site e conteúdo, pode mandar bala na troca de links.

Como avaliar sites para recomendar (e/ou trocar links)

Você certamente já ouviu falar da famigerada métrica Domain Authority (ou DA).

Esse indicador foi criado pela Moz – um software de gestão de SEO – vários anos atrás, com o propósito de determinar a “autoridade” de um domínio.

Antigamente, era possível usar um indicador do próprio Google, que oferecia uma nova de 0 a 10 para uma página. Esse número era chamado convenientemente de Pagerank:

Pagerank Score

No entanto, o Google, acertadamente, percebeu o quanto essa métrica estimulava donos de sites a atribuírem uma “nota” a uma página e usar essa mesma nota como moeda de troca para oferecer links (vendidos, comprados, trocados, etc).

E o que isso tem a ver com troca de links?

Bom, se você vai oferecer um link para alguém, seria interessante ter uma forma de medir a “força” daquele link, certo?

Métricas de autoridade de domínio

Como dito, o Google descontinuou o seu indicador.

E com isso, não tardou para empresas terceiras criarem suas próprias métricas para determinar a “qualidade” de uma página.

As mais famosas são:

Como dito, esses números se prestam a dizer se uma determinada página ou site tem autoridade ou não.

Mas lembremos de alguns pontos:

  • essas métricas são proprietárias;
  • nenhuma dessas empresas têm acesso à base de dados e algoritmos do Google;
  • o objetivo de trabalhar backlinks é ranquear no Google.

Percebeu a contradição?

Não que esses indicadores sejam inteiramente inúteis. Eu não acho muito provável que empresas desse tamanho não invistam muito em pesquisa para ter um bom produto e entregar boas métricas.

Mas a verdade é que, sozinhos, esses números dizem pouca coisa.

“Domain authority” e troca de links

Dentro do nosso contexto, o que vai acontecer é que você irá receber solicitações de links como essa abaixo:

Pedido de troca de link citando DA e PR

Fora o fato da mensagem ser em inglês e ter sido enviada pelo formulário de um site em português, note que a pessoa cita duas métricas de “autoridade de domínio”:

  • PR: PageRank do Google (que não há mais como verificar);
  • DA: Domain authority da MOZ (que sozinha não diz muito).

O que fazer aqui? Pode descartar sem medo.

O seu objetivo é ajudar o usuário, não conseguir trocentos links, seja lá qual o DA, DR ou PR que eles tenham.

Mas como fazer para avaliar um site que está oferecendo troca de links então?

Três dicas rápidas para fazer isso:

1. Faça uma estimativa de tráfego

Se uma empresa quer te oferecer links, o ideal é que o site dela tenha mais visitas que o seu (ou pelo menos o mesmo tanto).

Você não vai ter dados precisos de tráfego (a não ser que a empresa abra o Google Analytics para você), mas usando ferramentas como o SEMRush é possível ter um parâmetro.

2. Analise a relevância do site e conteúdo

Aqui é basicamente o que já abordamos:

  • o site é bem feito?
  • o conteúdo é bom?
  • tem relação com o seu segmento?
  • o link vai ajudar o seu usuário?

3. Consolide as métricas de autoridade de domínio

Como falamos, ainda que indicadores como DA, DR e AS não sejam precisos, eles certamente são fruto de muita pesquisa e engenharia reversa em relação à como o Google avalia domínios e sites.

Diante disso, acesse as ferramentas e gere cada indicador.

Coloque isso numa planilha junto com o tráfego estimado e sua análise de relevância.

Dessa forma, você não fica dependente de um indicador que pode ser pouco preciso.

SEO é mais do que backlinks

SEO é mais do que backlinks

Já falamos um pouco aqui no blog sobre a importância de backlinks.

E também, ao longo desse texto, ressaltamos como ter links apontando para o seu site faz diferença para o Google. Para construir um indicador de reputação e gerar mais ranking.

Mas não podemos esquecer que o SEO é ancorado em 3 pilares primários:

  • autoridade (conteúdo do seu site);
  • experiência (qualidade do seu site);
  • reputação (quantidade e qualidade de backlinks).

Ou seja, ainda que backlinks sejam cruciais para aparecer mais e melhor no Google, eles representam uma só das 3 bases fundamentais do SEO.

E tem mais, essa base é a que temos menos controle e menos clareza de abordagem.

Backlinks são a zona cinzenta do SEO

Como você viu, hoje não existe um indicador claro do que é um link bom, um link tóxico, um de link de alta ou baixa qualidade, etc.

O que existem são indicadores de terceiros (e não do Google), e, oficialmente, a listagem dos links que seu site tem no Google Search Console:

Google Search Console

Mas mesmo o próprio Google admite que esse relatório não mostra todos os links para o seu site.

Ou seja, qualquer prática relacionada a backlinks:

Qualquer uma delas demandará testes, e você não terá nenhum controle sobre as chances de dar certo.

E aqui você poderia argumentar que não há certezas na vida, e que mesmo no caso de conteúdo e qualidade do site não temos clareza dos critérios do Google.

Bom, sim e não.

Seu site e seu conteúdo estão sob seu controle

Ao contrário do trabalho de aquisição de backlinks, fazer um bom site e bom conteúdo é bem claro e explícito.

Entenda seu usuário, aborde suas dores e facilite para ele encontrar essas respostas no seu site.

Depois sim, você pode se preocupar com troca de links.

Para te ajudar nessa empreitada, deixo alguns conteúdos aqui do blog que focam primeiro em site e conteúdo.

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