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Algoritmo do Google: Por que se preocupar menos

Algoritmo do Google: Por que se preocupar menos

Para muita gente, decifrar o algoritmo do Google é como encontrar o Santo Graal.

Descobrir o como grande buscador encontra e classifica páginas simplificaria muito o trabalho de qualquer profissional que trabalha com websites.

No entanto, embora essa seja uma preocupação saudável, não é incomum ver pessoas ficando obcecadas pelo algoritmo, e tentar a todo custo entender como ele está mudando, e como adequar o seu site para ranquear melhor.

Bom, a verdade é que, principalmente se você está começando com SEO, todo esse receio é desnecessário.

Existem coisas mais importantes com as quais se preocupar do que ficar tentando decifrar as regras do Google.

E você precisa saber sobre essas coisas. Do contrário, de nada adianta achar que você consegue manipular as buscas.

O resultado não vai chegar.

Mas, para sermos claros, vamos entender um pouco sobre o Google e o seu algoritmo.

Como o Google (e o algoritmo) funcionam

Para os versados em inglês, há um breve e completo vídeo do Matt Cutts (antigo engenheiro do Google) que aborda bem o tema:

Se você prefere a versão escrita, de forma bem simplificada, o Google rastreia e cataloga páginas seguindo 4 etapas:

  • rastreamento da web;
  • criação de índice;
  • análise da página;
  • classificação de qualidade.

Dessa forma:

Google - rastreamento e classificação

Detalhando:

  1. o robô do Google faz uma varredura na internet (rastreamento);
  2. é criada uma base de dados com o que o robô conseguiu rastrear;
  3. o Google faz uma análise da página (de acordo com o seu algoritmo);
  4. é criada uma classificação de qualidade para cada conteúdo.

Note que o Google não é uma pesquisa na internet. Ele é uma pesquisa no índice do buscador.

E porque a classificação de qualidade?

Por que o Google encontra diversos resultados para uma mesma pergunta. Então ele precisa analisar para saber qual a melhor resposta e só depois entregá-la ao usuário.

E quando você realiza a busca?

Acontece isso:

Google - fazendo uma busca
  1. você digita o seu termo no campo de busca;
  2. o Google procura por respostas no seu índice;
  3. o buscador cruza o que você quer (relevância) com a melhor resposta (qualidade);
  4. você recebe os resultados.

Tudo isso em milésimos de segundo.

E aqui provavelmente você já começou a ter idéias:

  • como colocar meu site no Google?
  • como ter a melhor resposta (qualidade)?
  • como ter mais relevância (entregar o que o usuário quer)?
  • afinal, como aparecer na frente.

Todas perguntas de 1 milhão de dólares.

Como o Google realmente funciona

Como o Google realmente funciona

Para todas as perguntas acima, não é tão difícil encontrar suposições:

  • conquiste mais links externos;
  • tenha um site melhor;
  • melhore o código;
  • faça conteúdo extenso;
  • etc, etc, etc.

Quando digo suposições, estou me referindo à qualquer ocasião onde um especialista em SEO está fazendo afirmações.

Se não é o Google que está falando, são somente teorias.

Não que sejam teorias ruins ou erradas, mas é que elas devem ser consideradas como pontos de atenção, não como verdades.

O ponto aqui é: o algoritmo do Google segue um número não conhecido de regras para qualificar sites.

E o buscador jamais vai abrir sua caixa preta e dizer para nós quais são as regras.

O que prestar atenção quando pensamos no funcionamento do Google então? Recapitulemos:

  • relevância;
  • qualidade.

Só isso? Não, não só isso. Mas começa por esses dois fatores.

E agora considere o seguinte:

  • relevância para quem? Para o usuário.
  • qualidade para quem? Para o usuário.

Sendo assim, como o Google realmente funciona? Quem ele quer ajudar?

O usuário. A pessoa que está buscando. O internauta. O possível visitante do seu site. O seu potencial cliente.

As falhas iniciais do buscador

As falhas iniciais do buscador

Embora não tenhamos nos aprofundado muito na parte técnica, você provavelmente percebeu que, do ponto de vista da busca, os dois aspectos abaixo são diferentes:

  • ter seu site encontrado;
  • ter seu site exibido nos resultados de busca.

Quando falamos “resultados de busca”, estamos falando da primeira página do Google.

Afinal, muito raramente as pessoas buscam respostas na segunda página. E para quê, se já existem 10 opções de cara?

Enfim, com um pouco de cuidado, não é difícil fazer com que seu site seja encontrável pelo robô do Google.

Mas fazer seu conteúdo aparecer entre os primeiros resultados do Google, isso sim, é um desafio.

Estamos falando do critério que já citamos. “Qualidade”.

E como o buscador faz essa análise?

Como as ferramentas de busca avaliam páginas

Nos primórdios da busca, as ferramentas que existam faziam uma análise muito objetiva das suas páginas:

  • você tem o conteúdo?

E, para isso, olhava-se basicamente se seu site apresentava uma palavra-chave, e a quantidade de repetições da mesma.

Ou seja, quer ranquear para “bicicletas ergométricas”? Bastava encher seu site deste termo.

E como o Google revolucionou a busca? Fazendo uma nova pergunta:

  • você tem reputação?

Para medir isso, o grande G se fundamentou no seu algoritmo base, o PageRank.

Esse conjunto de códigos basicamente avaliava o volume e a qualidade dos links externos apontando para o seu site.

E aí, de repente, não adiantava mais só encher o seu site de palavras-chave.

Mesmo assim, ainda não era suficiente.

Burlando as regras de classificação

Você já deve estar percebendo a nossa intenção aqui: privilegiar o usuário, não o algoritmo.

Mas fato é, o algoritmo tem regras. E, se alguém consegue descobrir ou deduzir essas regras, fica fácil também burlá-las.

E lá no início das ferramentas de busca, onde tanto Google quanto outras empresas ainda tinham poucos recursos e tempo de evolução, o que podia ser feito?

Forjar conteúdo:

  • excesso de conteúdo sem qualidade;
  • encher seu texto da palavra-chave (keyword stuffing)
  • colocar texto oculto na sua página;
  • exibir um conteúdo para o robô e outro para o usuário (cloaking);
  • dentre outros.

Forjar links externos:

  • redes de blog (criar blogs para linkar entre si);
  • compra de links,
  • links gerados por robôs,
  • fazenda de links;
  • troca de links;
  • etc.

Fazendo isso tudo, sim, sua empresa aparecia na frente nos resultados de pesquisa.

Era bom para o seu usuário? Não sei. Mas quem se importava quanto estava em primeiro na busca?

Focando no algoritmo

Naquela época (20 anos atrás), sim, o algoritmo era mais importante que o seu conteúdo.

Não porque fazia sentido, mas porque a quantidade de pessoas explorando as brechas era tão grande que se você se concentrasse só em criar um bom site e um bom conteúdo não seria suficiente.

Mas e hoje, duas décadas depois? Vale explorar as brechas ainda?

Mudanças no algoritmo do Google

Mudanças no algoritmo

Quando falamos de Google (e no Brasil isso faz sentido, afinal ele tem 97% de market share), estamos falando de entrega de valor para o usuário.

E não é porque o Google é bonzinho ou é uma instituição de caridade.

É que essa entrega de valor faz as pessoas usarem mais o Google.

E daí vem a fonte de receita do buscador. Como ele tem a confiança dos usuários, ele pode vender isso para anunciantes.

Estamos falando dos famosos links patrocinados. Mas isso é assunto para outro post.

O ponto aqui é: se o usuário não confiar no Google, ninguém usa a ferramenta, e a maior empresa de busca do mundo perde a sua fonte de receita.

Diante de todo esse risco, fica bem óbvio o seguinte:

  • o Google não pode deixar o algoritmo ser manipulável.

Porque, se os robôs podem ser enganados e eu, que não tenho o melhor site nem a melhor resposta posso aparecer na frente, então a busca não é confiável.

Então, o que a empresa de pesquisa fez? Melhorou o algoritmo. Fez updates.

A fim de garantir que as práticas que citamos não funcionassem mais.

E, principalmente, a fim de manter a confiança do usuário.

“Google Updates”

Esse termo se refere às supostas atualizações do algoritmo do Google.

Vale ressaltar que nem sempre o grande G revela que fez um update.

O que ele diz então? Que melhora os códigos responsáveis por rastrear e classificar páginas todo dia:

Esse perfil aí do Twitter é um dos vários oficiais do Google, e ele fala principalmente sobre como  a busca funciona. Se você tem interesse em SEO, vale seguir.

Mas voltemos.

Se considerarmos todos as “supostas atualizações” que houveram no algoritmo nos últimos, existem várias.

Ainda assim, alguns merecem mais atenção do que outros, por explicitarem a preocupação do buscador com resultados de qualidade para quem faz pesquisas online:

  • Google Panda;
  • Google Penguin;
  • Google Hummingbird;
  • Google Rankbrain.

Google Panda

Lembra das brechas que citamos que eram exploradas em relação a conteúdo?

Conteúdo raso, cloaking, texto escondido, excesso de palavras-chave e afins?

O Panda veio para corrigir isso.

E lá nos idos de 2011, ele derrubou muitos sites que capturavam tráfego por explorar essas vulnerabilidades do algoritmo.

Google Penguin

Logo depois, em 2012, foi a vez dos links.

Links gerados por spam, fazenda de links, links de baixa qualidade.

Tudo isso começou a ser identificado e desvalorizado através do Penguin.

Sim, hoje ainda existem sites que conseguem se valer de estratégias escusas de link building.

Mas, graças ao Penguin, essa escala é bem mais controlada hoje.

Google Hummingbird

Reduzido os resultados irrelevantes, havia chegado a hora de entender melhor o que o usuário estava perguntando.

Esse update veio para o Google conseguir compreender melhor a intenção de busca.

Ou seja, se um usuário digita “bicicletas” ele quer fotos, vídeos, ou imagens? Ele quer comprar, ir em uma loja ou aprender a andar?

Com o Hummingbird, a busca atingia um nível mais alto de satisfação do usuário. Entregando respostas adequadas à intenção de busca.

Google RankBrain

Update complementar ao Hummingbird, o RankBrain veio para entender de forma mais profunda as intenções de busca.

Para tanto, o algoritmo passou a usar machine learning para estabelecer correlações entre buscas e com isso conseguir prever resultados para termos desconhecidos ou redundantes.

Ou seja, na prática, mesmo que o usuário não saiba direito o que ele está buscando, o Google pode ajudar.

Por que o algoritmo do Google muda?

Porque o algoritmo do Google muda?

Acredito que a resposta para essa pergunta já ficou bem óbvia, certo?

Ele muda para ajudar o usuário. Para conseguir encontrar, classificar e entregar melhores respostas.

E sim, ele vai continuar mudando, alternando os dois pontos que o Google não pode deixar de lado:

  • melhor experiência para quem pesquisa e;
  • redução de brechas para pessoas que tentam burlar o algoritmo.

E aqui é onde encontramos diversos profissionais de SEO focados em simplesmente monitorar o algoritmo e tentar entender quando e como ele mudou.

Monitorando o algoritmo

Esse acompanhamento acontece algumas formas.

A mais comum é a oficial (e a melhor também).

Nela, basta seguir alguns engenheiros e representantes do Google no Twitter e outros canais.

Comumente, eles anunciam algumas novidades e mudanças no sistema de busca.

Mas, como você já deve ter ouvido falar por aí, eles não falam tudo. E é aí que começa o problema.

Como os “googlers” não são 100% transparentes, profissionais obcecados com os códigos dos robôs de busca tentam encontrar formas de rastrear novidades no algoritmo.

Eles fazem isso de duas formas principais:

Nas hipóteses, as pessoas observam uma queda (ou aumento) de tráfego orgânico em um determinado período e buscam mapear alguns dados obtidos durante esse período:

  • mudanças no site;
  • mudanças no conteúdo;
  • links adquiridos;
  • links perdidos;
  • perfil geral do site (segmento, velocidade, responsividade, etc).

A partir daí, os analistas estabelecem uma correlação, como por exemplo:

  • “nesse período sites com links desse tipo tiveram perda de tráfego”.
  • “então, o algoritmo mudou tirando valor de sites que esses tipos de links”.

No caso das patentes, não é muito diferente.

Isso porque, registrar uma patente não quer dizer que o Google vai usá-la, nem que essa nova tecnologia será atrelada à busca orgânica (pode ser algo para o Google Ads, por exemplo).

Ainda, assim, os especialistas tiram conclusões:

  • “foi registrada uma patente onde o algoritmo irá usar sinais de taxa de clique”.
  • “então agora o algoritmo necessariamente irá considerar a taxa de clique para entregar resultados de busca.”

Ou seja, novamente assumpções. Mas elas estão corretas?

Correlação não é causalidade

Sabe aquela história da sua fila de carros no trânsito sempre ser a mais lenta?

E quanto você troca de pista a anterior começa a andar e a nova pára?

O que alguém poderia concluir? O fato de você mudar de pista é a causa de lentidão.

Mas isso é uma correlação. Algo que acontece ao mesmo tempo. Não é a causa.

Pode ser a causa? Até pode. Mas você não tem dados suficientes para fazer essa afirmação.

Nos exemplos que citamos, das patentes ou das análises, o que ocorrem são levantamento de correlações e não de causalidades.

Ou seja, não é porque alguma coisa ocorreu com o posicionamento de vários sites que o Google realmente mudou suas regras. Pode ser uma coincidência.

E se você levar muito a sério essa coincidência e mudar o seu site ou estratégia digital baseado somente nisso, os resultados podem não ser positivos.

Pare de perseguir as mudanças no algoritmo do Google

Pare de perseguir as mudanças

Certo, mas como fazer SEO sem saber como o Google funciona?

Como colocar meu site no topo sem entender o que o algoritmo valoriza?

Não, não estou dizendo para ignorar as pesquisas, análises e monitoramento de patentes.

Estou dizendo para não priorizar esse esforço.

O que você deve priorizar então?

Primeiro, o seu usuário. O visitante do seu site. O seu potencial cliente.

Segundo, como você quer ajudá-lo:

  • tenha um bom produto;
  • tenha um diferencial claro;
  • ofereça uma boa experiência de compra e de uso;
  • tenha um bom site;
  • tenha um bom conteúdo.

Parece simples, não é?

Mas muitas empresas, grandes empresas deixam a desejar nesse sentido.

Porque procurar problemas é muito mais fácil do que encontrar soluções.

Como ajudar o Google (e o algoritmo)

Acho que ficou bem claro o que você precisa fazer para aumentar seu tráfego, certo?

Ainda assim, você pode estar cético.

Focar no usuário e deixar tudo na mão do Google, sério?

Não. Primeiro focar no usuário e depois se preocupar com o Google.

E não precisa acreditar em mim. Escute o Google:

O que talvez você já tenha escutado por aí é que o Google esconde informação. Que SEO para ele é spam. E que ele não quer ajudar ninguém.

Mas não é bem assim. O tuíte acima é do John Mueller, um dos engenheiros porta-vozes do Google.

Ele resume o papel de um profissional de SEO:

  • “SEOs manipulam sites, eles não manipulam o Google.”
  • “o trabalho do SEO é melhorar o site para ele aparecer melhor nas buscas”.

Ou seja, com o risco de ser redundante, de nada adianta você ficar na cola das mudanças do algoritmo se o seu site não entrega nenhum valor para ninguém.

Desencanou do algoritmo do Google?

Agora que você entendeu a importância de focar no usuário primeiro, que tal descobrir algumas formas de melhorar seu site para vender mais?

CTA Prejuízo de Não Estar no Google
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4 comentários para “Algoritmo do Google: Por que se preocupar menos

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